domingo, 18 de setembro de 2011

XIII FOPALES - 03/08/11 - Palestra Profª Drª Claudia Maria Mendes Gontijo

XIII FOPALES -  03/08/11
Palestrante: Profª Drª Claudia Maria Mendes Gontijo
Tema: Alfabetização linguística e letramento

A proposta foi discutir como a alfabetização está sendo concebida nas atuais propostas do MEC. Tomando o guia do livro didático 2010. Destacando a polêmica entre os defensores do método fônico e do construtivismo em torno do ensino da leitura e da escrita; Como determinada noção de letramento se torna hegemônica e o termo alfabetização linguística e letramento utilizado pelo MEC, tomando como base o guia do livro didático de 2010 documento responsável pela introdução do termo alfabetização linguística e letramento.
A professora inicialmente fez uma exposição dos pressupostos teóricos e metodológicos utilizados no estudo. Portanto, ancora-se na perspectiva de que a alfabetização é um campo de conhecimento e prática sócio-cultural.  Sendo campo de conhecimento ela compreende diferentes objetos de estudo, variadas concepções de linguagem, de discurso, de texto etc. as quais se fundamentam a sua produção científica e também diversas abordagens metodológicas. Prática sócio-cultural, que se realiza em diferentes espaços educativos e fora deles. Abrange diversas metodologias de ensino.
Posteriormente discursou sobre a perspectiva do MEC, que concebe a alfabetização como mera habilidades de ler e escrever.Há razões políticas e ideológicas impedem o avanço de políticas no campo da alfabetização, o que permite circularidades de práticas, metodologias etc.
Faz um apanhado histórico, desde 2003 tomando como base relatório da câmara dos deputados, Alfabetização infantil: novos caminhos. Nesse, os relatores dizem que o Brasil tem estado à margem dos progressos científicos no campo da leitura, e que a leitura cognitiva era ideal. Aponta que o Brasil não tem conseguido alfabetizar adequadamente e incapaz de utilizar conhecimentos científicos e dados de avaliações para melhorar a qualidade da educação. Fazem uma crítica ao Cosntrutivismo. Apesar da discussão entre os relatores e os construtivistas, não há muita diferença entre a proposta dos dois. Apenas em relação a dimensão do signo, pois Emilia defende a não quebra do signo lingüístico, ou seja, a separação entre significado e significante. Enquanto os relatores defendem a ênfase no significante.
Magda Soares (2004) reforça as ideias do relatório, pois diz que apesar das contribuições do Construtivismo, esse obscurece a faceta linguística da alfabetização.
Gontijo destaca que ambas propostas ficam centradas no como ensinar, não há diferenças nas concepções, e sim no modo de ensino da decodificação e codificação.
O como ensinar para os construtivistas se dá em um trabalho assistemático da decodificação, pois a consciência fonêmica é resultado da cosntrução de hipóteses pelas crianças, maneira acidental do contato das crianças com a escrita. Para os relatores o como ensinar deveria ser por meio de um ensino sistemático da decodificação e tem nome:método fônico.
Diante dessa polêmica o Letramento entra em cena, assim, em 2006, houve o Seminário Alfabetização e Letramento em debate financiado pelo MEC. A noção de letramento ganha destaque nesse contexto, dando sensação de mudança, inovação. Ela tem motivação política, pois quem estava no poder precisava dela para ocupar o lugar dos Construtivistas e fônicos. Foi então, uma possibilidade de conciliação das propostas em debate, legitimar as propostas dos grupos no poder.
Nesse contexto, como a alfabetização passa a ser concebida? Que noção de letramento é introduzida?
Tomando o guia para análise, Gontijo destaca que ao juntar alfabetização com língua portuguesa isso para ela produz dois efeitos de sentido: a perda da  alfabetização como campo e expandir a noção de letramento para outras áreas.
No próprio guia a alfabetização é concebida como disciplina e não área, campo. Podemos ver então uma disciplinarização da alfabetização.
Sendo que a ênfase em “alfabetização linguística” no guia, recai no processo de decodificação e codificação na leitura de palavras, sentenças, textos curtos. Crença de que a escrita de palavras leva a refletir sobre as unidades menores da linguagem (sílaba e fonemas) e dessa forma, construir hipóteses das relações entre unidades da fala e da escrita.
Portanto, visualizamos uma desvalorização da alfabetização como área do conhecimento e uma atribuição de sentido restrito a ela por meio da dicotomia alfabetização linguística e letramento. Alfabetização não é só linguística.

Elis Beatriz de Lima Falcão

Pauta reunião 13/09/11



PREFEITURA MUNICIPAL DA SERRA
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
           DEPARTAMENTO DE ENSINO

COMITÊ LOCAL DE ALFABETIZAÇÃO – MUNICÍPIO DE SERRA
REUNIÃO 14/09/11
PAUTA
Ø  Informes:
·         E-mail(comitealfaserra@gmail.com
·         Alteração do dia da reunião para quarta-feira.
·         Eventos: II Simpósio em Alfabetização, Leitura e Escrita (13 e 14/10)
                XII FOPALES (Temas em debate: Alfabetização lingüística e letramento / Pró-letramento)
·         Sigla e logo do comitê

Ø  I Seminário de Alfabetização do Município de Serra
·         Andamento: projeto encaminhado, folder, ficha para inscrições;
·         Motivação nas escolas (divulgação de experiências positivas);
·         Distribuição das atribuições na organização do evento:
- Divulgação (folder, circular para escolas, blog...):
- Inscrições (seleção de trabalhos, distribuição por temas, retorno das inscrições aprovadas):
- Credenciamento:
- Lanche:
- Abertura do evento/ apresentações culturais:
- Palestra/debate:
- Sessões de comunicações:
- Encerramento:

·         Sugestões do Programa de Formação de Leitores e Revitalização de Bibliotecas Escolares para o Seminário;
Ø  Parcerias para o seminário.

Ø  Próxima reunião: 05/10/11 quarta-feira

Ata reunião 02/08/11

Ata da reunião, realizada pelos membros do Comitê Local de Alfabetização do Município de Serra em dois de agosto de dois mil e onze, no centro de Formação do Professor, localizado no Bairro de Fátima às dezoito horas e trinta minutos. A reunião foi presidida por Maristela Gatti Piffer e secretariada por Elis Beatriz de Lima Falcão e contou com a participação de Creuza Maria Testa – EMEF Américo Guimarães Rosa, Cynthia da Guia Segundo – EMEF Iolanda Schineider Rangel da Silva, Eliceia Deoclecio de Souza Bianchi – EMEF Feu Rosa, Fabiana Pinto da Silva Ramos – EMEF Novo Horizonte, Jane Ribeiro de Alcântara – CMEI A pequena Manjedoura, Josiane da Silva Souza – EMEF Abel Bezerra, Lucicléia da Silva D. Silva – EMEF Leonel de Moura Brizola, Mônica G. T. Prata-  SEDU/DE, Rita de Cássia Vieira Sperandio – EMEF Prof. Naly da Encarnação Miranda EViviane Rosa de Lima Ribeiro – SEDU/DE. Inicialmente foram dados os seguintes informes gerais: Reunião FOPALES, dia três de agosto de dois mil e onze; II Simpósio em Alfabetização, Leitura e Escrita, dias treze e quatorze de outubro de dois mil e onze, sendo que as inscrições para relatos de experiência e apresentação de trabalhos foram prorrogadas até dia quinze de agosto de dois mil e onze; Visitas às EMEF’s pelas assessoras do Departamento de Ensino para Caracterização das turmas de primeiro ano; Inscrições de relatos de experiências para reunião de pedagogos do dia dezoito de agosto de dois mil e onze, de primeiro ano à oitava série. Em seguida Marli, assessora do Departamento de Ensino (Escola Aberta), fez uma solicitação ao Comitê para que o mesmo inclua no plano de ação uma formação para pessoas que irão atuar em atividade educativa complementar na alfabetização do Programa Escola Aberta. O grupo ficou de rever a solicitação, mas, pensa que a rotatividade desses profissionais é algo que dificultaria essa ação, além do Comitê está em fase de implementação. Logo após, retomamos a portaria para rever as ações que compete ao Comitê; elegemos também uma coordenação inicial do Comitê, sendo que o grupo sugeriu que Maristela e Elis dividissem a coordenação, e Viviane a função de secretária, ficando acordado que haverá um rodízio. Foi sugerida a criação de blog, logo e sigla que socializaremos no próximo encontro as produções iniciais. Por último, foi proposta a realização do I Simpósio do Comitê Local de Alfabetização. Assim, foi sugerida uma data próxima ao dia quatorze de novembro de dois mil e onze, por ser esse o Dia Nacional da Alfabetização, mas que seja em um sábado. Foram sugeridas então as seguintes proposições: local: Pró-cidadão; Buscar parcerias com Conselho Municipal de Educação; Convidar banda de congo mirim da Escola Serrana; Pesquisar na DAIE o calendário de reposição de aulas para o mês de novembro; Convidar palestrante externo; Abrir para relatos de experiências; Convidar livraria para exposição, para isso buscar parceria com a equipe da Biblioteca do professor. Ver a possibilidade da Prefeitura contribuir com o pagamento palestrante. Nada mais havendo a tratar, foi lavrada por mim, Elis Beatriz de Lima Falcão, a presente ata, assinada por todos os presentes acima nominados e referenciados.

Pauta reunião 02/08/11

COMITÊ LOCAL DE ALFABETIZAÇÃO – MUNICÍPIO DE SERRA
REUNIÃO 02/08/11

PAUTA
Ø  Informes:
·         REUNIÃO FOPALES (temática:  Alfabetização e questões do Letramento)
·         II SIMPÓSIO EM ALFABETIZAÇÃO, LEITURA E ESCRITA (Inscrições para relatos de experiências inovadoras na área de linguagem até dia 15/08/11 R$ 50,00 – Evento 13 e 14 de outubro de 2011 UFES – Informações simposioemalfabetizacao.blogspot.com
·         Relatos de experiência para encontro de pedagogos dia 18 de agosto (1º ano à 8ª série)
·         Visitas às EMEF’s pelas assessoras do Departamento de Ensino para caracterização das turmas de 1º ano.


Ø  Retomar a portaria;
Ø  Eleição de coordenação do comitê;
Ø  Criação de e-mail, blog, logo, sigla
Ø  I Simpósio do Comitê Local de Alfabetização
·         Data: 14 de novembro – Dia Nacional da Alfabetização Local
·         Mesa redonda
·         Palestra de abertura ou encerramento
·         Apresentação de relatos de experiências (
Ø  Sugestões de pauta;
Ø  Próxima reunião: